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.- Então me diga: você colocou o guarda-chuva do lado direito ou do ladoesquerdo dos seus sapatos?- Não tenho a menor idéia, mestre.- O zen budismo é a arte da consciência total do que fazemos  disse Nan-in.A falta de atenção nos pequenos detalhes pode destruir por completo a vida de um homem.Um pai que sai correndo de casa, nunca pode esquecer um punhal ao alcance do seu filhopequeno.Um samurai que não olha todos os dias a sua espada, terminará encontrando-aenferrujada quando mais precisar dela.Um jovem que esquece de dar flores a sua amada,vai acabar por perde-la.E Zenno compreendeu que, embora conhecesse bem as técnicas zen do mundoespiritual, havia se esquecido de aplica-las no mundo dos homens.A lembrança e o salChego em Madrid às 8 da manhã.Vou ficar apenas algumas horas, nãoadianta telefonar para amigos, marcar algum encontro.Resolvo caminhar sozinho porlugares que gosto, e termino fumando um cigarro num banco do parque Retiro.- você parece que não está aqui - diz um velho, sentando-se ao meu lado.- Estou aqui  respondo. Só que há doze anos atrás, em 1986.Sentadoneste mesmo banco com um amigo pintor, Anastasio Ranchal.Nós dois estamos olhandominha mulher, Christina, que bebeu além da conta, e está fingindo que dança flamengo.- Aproveite - diz o velho. Mas não esqueça que a lembrança é como o sal:a quantidade certa dá tempero a comida, mas o exagero estraga o alimento.Quem vivemuito no passado, acaba sem presente para recordar.O que você salvariaUm jornalista foi entrevistar Jean Cocteau.Sua casa era um verdadeiroamontoado de bibelôs, quadros, desenhos de artistas famosos, livros, Cocteau guardavatudo, e tinha um profundo amor por cada uma daquelas coisas.Foi então que, no meio daentrevista, eu resolvi perguntar:  se esta casa começasse a pegar fogo agora, e você sópudesse levar uma coisa consigo, o que escolheria?- E o que Cocteau respondeu?  pergunta Álvaro Teixeira, responsável pelocastelo onde estamos, e grande estudioso da vida do artista francês.- Cocteau respondeu:  Eu levaria o fogo.E ali ficamos todos, em silêncio, aplaudindo no íntimo do coração a respostatão brilhante. 65MEU AMIGO ESCREVE UMA HISTÓRIAUm amigo meu, Bruno Saint-Cast, trabalha na implantação de altatecnologia na Europa.Certa noite, acordou de madrugada e não conseguiu mais dormir;sentia-se forçado a escrever uma carta sobre um velho amigo de adolescência, que haviaencontrado no Tahiti.Mesmo sabendo que teria que passar o dia seguinte trabalhando, Brunocomeçou a escrever uma história estranha, onde o tal amigo, John Salmon, fazia uma longaviagem da Patagônia até a Austrália.Enquanto escrevia, sentia uma sensação deliberdade muito grande, como se a inspiração brotasse sem qualquer interferência.Assim que acabou de escrever a história, recebeu um telefonema de suamãe: ela acabava de saber que John Salmon havia morrido.O rabino e o perdãoA historia é atribuída ao grande rabino Bal Shen Tov.Conta-se que eleestava no topo de uma colina, com um grupo de estudantes, quando viu um grupo decossacos atacarem a cidade e começarem a massacrar as pessoas.Vendo muitos de seus amigos, lá embaixo, morrendo e pedindo misericórdia,o rabino exclamou:- Ah, se eu pudesse ser Deus!Um discípulo, chocado, virou-se para ele:- Mestre, como ousa proferir uma blasfêmia destas? Quer dizer que, se osenhor fosse Deus, ia agir de maneira diferente? Quer dizer que o senhor acha que Deusmuitas vezes faz o que é errado?O rabino olhou nos olhos do discípulo, e disse:- Deus sempre está certo.Mas se eu pudesse ser Deus, eu saberia entender oque está acontecendo. 66A LEI E AS FRUTASNo deserto, as frutas eram raras.Deus chamou um dos seus profetas, e disse:- Cada pessoa só pode comer uma fruta por dia."O costume foi obedecido por gerações, e a ecologia do local foi preservada.Comoas frutas restantes davam sementes, outras árvores surgiram.Em breve, toda aquela regiãotransformou-se num solo fértil, invejado pelas outras cidades.O povo, porém, continuava comendo uma fruta por dia  fiel à recomendação queum antigo profeta tinha passado aos seus ancestrais.Alem do mais, não deixava que oshabitantes das outras aldeias se aproveitassem da farta colheita que acontecia todos os anos.O resultado era um só: as frutas apodreciam no chão.Deus chamou um novo profeta e disse:- Deixe que comam as frutas que queiram.E peça que dividam a fartura com seusvizinhos.O profeta chegou na cidade com a nova mensagem.Mas terminou sendo apedrejado já que o costume estava arraigado no coração e na mente de cada um dos habitantes.Com o tempo, os jovens da aldeia começaram a questionar aquele costume bárbaro.Mas, como a tradição dos mais velhos era intocável, eles resolveram afasta-se da religião.Assim, podiam comer quantas frutas queriam, e dar o restante para os que necessitavam dealimento.Na igreja local, só ficaram os que se achavam santos.Mas que, na verdade, erampessoas incapazes de enxergar que o mundo se transforma, e que nós devemos nostransformar com ele. 67SEM PISCAR OS OLHOSDurante uma guerra civil na Coréia, certo general avançavaimplacavelmente com suas tropas, tomando província atrás de província, e destruindo tudoo que encontrava a sua frente.O povo de uma cidade, ao saber que o general se aproximava e tendo ouvido histórias de sua crueldade  fugiu para uma montanha nas cercanias.As tropas encontraram as casas vazias.Depois de muito vasculhar,descobriram um monge Zen, que havia permanecido no local.O general mandou que eleviesse a sua presença, mas o monge não obedeceu.Furioso, o general foi até ele:- você não deve saber quem eu sou!  esbravejou. Eu sou aquela capaz deperfurar o seu peito com a minha espada, sem piscar os olhos!O mestre Zen virou-se e respondeu serenamente:- O senhor tampouco deve saber quem eu sou.Eu sou aquele capaz de serperfurado por uma espada, sem piscar os olhos.Ouvindo isso, o general curvou-se, fez uma reverência, e se retirou.É TUDO UMA QUESTÃO DE TEMPOUm judeu ortodoxo aproximou-se do rabino Wolf:- Os bares andam cheios, e as pessoas varam a madrugada divertindo-se!O rabino nada respondeu.- Os bares andam cheios, as pessoas passam a noite em claro jogando cartas,e o senhor não diz nada?- É bom que os bares andem cheios  foi o comentário de Wolf. Todomundo, desde o principio da criação, sempre desejou servir a Deus.O problema é que nemtodos sabem a melhor maneira de faze-lo.Procure julgar o que acha pecado, como se fosseuma virtude.Estas pessoas que passam a noite em claro estão aprendendo a permanecerdespertas e persistir em algo.Quando se aperfeiçoarem nisso, tudo que terão que fazer évoltar seus olhos para Deus.E que servos excelentes eles serão!- O senhor é muito otimista  disse o homem.- Não se trata disso  respondeu Wolf. Trata-se de entender que qualquercoisa que fazemos, por mais absurda que pareça, pode nos levar ao Caminho.É tudo umaquestão de tempo. 68A SUSPEITA QUE TRANSFORMA O SER HUMANOO folclore alemão conta a história de um homem que, ao acordar, reparouque seu machado desaparecera.Furioso, acreditando que seu vizinho o tivesse roubado,passou o resto do dia observando-o.Viu que tinha jeito de ladrão, andava furtivamente como ladrão, sussurravacomo um ladrão que deseja esconder seu roubo.Estava tão certo de sua suspeita, queresolveu entrar em casa, trocar de roupa, e ir até a delegacia dar queixa.Assim que entrou, porém, encontrou o machado  que sua mulher haviacolocado em outro lugar.O homem tornou a sair, examinou de novo o vizinho, e viu queele andava, falava e se comportava como qualquer pessoa honesta [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]
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